O presidente do Governo da Madeira afirmou hoje a importância dos vigilantes na natureza no arquipélago, que tem 64% do seu território classificado como área protegida, comprometendo-se a resolver a questão da carreira destes profissionais.
Miguel Albuquerque falava nas comemorações do Dia do Vigilante da Natureza, destacando a “singularidade e particularidade desta profissão difícil, mas muito bonita para quem tem vocação”.
O governante madeirense considerou ser “muito importante e essencial criar as condições específicas na carreira, em consonância com uma negociação que está a ser desenvolvida, no sentido dos vigilantes da Região Autónoma da Madeira terem os seus direitos reconhecidos, terem as condições propícias ao bom exercício de funções, num quadro em que se sintam realizados, quer em termos de progressão de carreira, quer condições de trabalho”.
“Por isso, é um compromisso do meu Governo que vai ser cumprido por causa do interesse da Madeira”, sublinhou.
O chefe do executivo insular salientou a importância do património natural do arquipélago, apontando que “64% do território da região [515 quilómetros quadrados] é área protegida”.
“Temos muitos poucos exemplos a nível mundial que ultrapassem ou se aproximem [da Madeira]”, vincou, mencionando apenas os casos da “Venezuela – que em termos civilizacionais tem um problema mais grave – o Mónaco e a Eslovénia”.
Miguel Albuquerque realçou a importância da “preservação” deste importante património, que é “um imperativo a delegar às próximas gerações”.
O governante regional sustentou que os madeirenses precisam ter “orgulho no património” natural da região, realçando todo o trabalho que tem sido desenvolvido “do ponto de vista da Educação”, tendo a Madeira “alguns dos melhores programas a nível nacional no sentido de incutir nas futuras gerações a sensibilização para a natureza, respeito pelo património e tendência para atos de preservação”.
“Hoje temos uma região exemplar em termos de preservação e gestão do património natural”, declarou, argumentando que “todas as instituições têm colaborado neste desidrato coletivo importantíssimo e intergeracional que é a preservação e melhoria deste legado essencial”.
Também referiu que “o que se passou nas Ilhas Selvagens foi exemplar”, concluindo: “Hoje não tenho dúvida que vamos melhorar todas as condições de operacionalidade, logística, e que a questão da carreira especial é compromisso que vai ser cumprido”.
O presidente da associação dos vigilantes da natureza disse à agência Lusa que no território nacional existem 800 vigilantes da natureza, sendo que 100 estão em funções na Madeira e outra centena no arquipélago dos Açores.
LUSA