O governo madeirense diz que uma "solução estrutural" para os condicionamentos do aeroporto da ilha é da responsabilidade da ANA – Aeroportos de Portugal, mas considerou que nos últimos dias houve uma "resposta eficaz" das várias estruturas.
Em causa estão os problemas causados pelo vento forte que desde o dia 5 de agosto está a condicionar o movimento de aterragens e descolagens no Aeroporto da Madeira – Cristiano Ronaldo que afetaram milhares de passageiros e provocaram cancelamento de dezenas de voos, entre aterragens e descolagens.
"Será importante lembrar que ao Governo Regional cabe a gestão do destino, não a solução estrutural do problema. Essa responsabilidade é da ANA – Aeroportos de Portugal", disse fonte da secretaria da Economia, Turismo e Cultura à agência Lusa.
O executivo madeirense considerou que neste caso houve uma "resposta eficaz" das unidades hoteleiras, agências de viagens e Porto Santo Line.
"O Governo Regional está atento e, aliás, acompanha esta situação desde a passada quarta-feira", disse a mesma fonte do gabinete do secretário da Economia, Turismo e Cultura madeirense.
Salientou que na passada quinta-feira, o executivo insular "alertou todo o setor para a necessidade de uma resposta conjunta e integrada que fosse para além do alojamento e que colmatasse todas as necessidades, a favor da imagem do destino e do apoio e bem-estar dos passageiros que estão ser afetados, o que tem surtido o efeito".
Também sublinhou que "embora caiba à ANA- Aeroportos de Portugal a competência de intervir nesta matéria", o governo desta região autónoma "tem vindo a sensibilizar e a alertar para a necessidade de haver aqui uma resposta das várias partes".
"Com base na antecipação, felizmente conseguida desta vez, houve uma resposta eficaz por parte do setor da hotelaria, das agências de viagens que também ajudaram os passageiros, ao alterar as suas viagens", salientou.
Também realçou que "a Porto Santo Line tem vindo a assegurar uma importante resposta de transporte, para a Madeira, dos passageiros que tiveram de ir para o Porto Santo" dos voos que divergiram para esta ilha.
O governo madeirense destacou que "as próprias companhias aéreas revelaram sensibilidade para o problema, tendo existido casos de interligação e colaboração com o transporte marítimo, concretamente no caso da Transavia".
O Governo da Madeira salienta que "também a ANA tem feito os possíveis para minorar os impactos, num trabalho em articulação" que os responsáveis insulares esperam seja "continuamente reforçado".
"É evidente que este tipo de situação em nada abona a favor do destino e é também por isso que a responsabilidade é enorme, neste caso para todos e para quem gere o destino" vincou.
A secretaria regional sustenta estar "totalmente disponível para apoiar e ajudar, quer através da sua estrutura quer através da associação de promoção da Madeira, uma resposta integrada e articulada entre todos, a favor dos passageiros".
Domingo, devido ao vento forte que se fez sentir no extremo leste da ilha da Madeira apenas aterraram dois voos da Aerovip provenientes da ilha do Porto Santo (17:19 e 20:31), tendo sido canceladas mais de 30 chegadas e correspondentes partidas.
O cancelamento de voos afetou milhares de pessoas, tendo algumas centenas sido transportadas do Porto Santo para o Funchal por mar, depois dos seus voos terem sido desviados para aquela ilha. No final do dia de domingo no aeroporto do Funchal permaneciam milhares de passageiros afetados por esta situação.
A ANA- Aeroportos da Madeira alertou para os constrangimentos na estrutura aeroportuária da ilha devido às previsões de ventos fortes entre os dias 5 e 8 de agosto.
LUSA