As chuvas inundaram a autoestrada Francisco Fajardo, em Altamira (leste de Caracas) impedindo a circulação de viaturas. Também a avenida Libertador, uma das mais importantes da capital, onde uma mulher teve que subir ao teto do seu veículo para proteger-se da lagoa criada pela chuva, enquanto esperava para ser resgata.
Ainda no leste de Caracas, vários acessos às localidades de La Campiña e Chacao viram interrompida a circulação de viaturas.
Através das redes sociais foram divulgados vídeos que davam conta da entrada de água na estação de Bellas Artes do Metropolitano de Caracas, no centro. Nas proximidades a Avenida México ficou completamente inundada e em San Bernardino, algumas pessoas, com a água pela cintura, tiveram mesmo que empurrar as viaturas.
As águas inundaram ainda vários setores de Altagracia (centro) e de Cátia (oeste), onde a ribeira Catuche transbordou, inundando várias casas. Em Baruta, as chuvas causaram inundações em Las Mercedes (sudeste).
Vários utilizadores das redes sociais queixaram-se que as ribeiras e drenagens da capital estão há anos sem manutenção, reclamando que as autoridades deram prioridade a pintar algumas zonas para “tentar mostrar uma Caracas bonita, com fins eleitoralistas”, em vez de proceder às limpezas necessárias.
Além de Caracas, as chuvas torrenciais provocaram inundações no vizinho estado de Miranda e em várias localidades do município Mario Briceño Iragorry, no estado de Arágua (110 quilómetros a oeste da capital).
A sudoeste da capital, as autoridades mantêm-se em alerta, devido à subida do nível da água do Rio Orinoco, no Estado de Guárico.
No estado de Apure (sudoeste do país) há várias localidades com casas a registar mais de 30 centímetros de altura de água devido ao transborde de vários rios.
Segundo a imprensa venezuelana, transbordaram também os rios Yuruani e Cuyuní, no estado de Bolívar (sul do país).
Vários utilizadores queixaram-se através das redes sociais de que setores de Caracas como El Hatillo, Los Geranios, Los Naranjos y la Boyera estão sem serviço de energia elétrica, e que várias localidades dos estados de Miranda, Carabobo e Nova Esparta estão às escuras.
Segundo o Instituto Nacional de Metereologia e Hidrologia da Venezuela (Inameh), além de Caracas o mau tempo está a afetar outras 15 dos 24 estados do país (Táchira, Mérida, Lara, Apure, Barinas, Cojedes, Portuguesa, Guárico, Miranda, Sucre, Monágas, Delta Amacuro, Amazonas, Bolívar e o Esequibo).