“Continuamos com um nível de resposta muito semelhante aquele que existia antes da crise pandémica para o acompanhamento continuado nos centros de saúde” do país, disse Francisco Miranda Rodrigues, ouvido por videoconferência na Comissão Eventual para o acompanhamento da aplicação das medidas de resposta à pandemia da doença covid-19 e do processo de recuperação económica e social.
Segundo o bastonário da Ordem dos Psicólogos, antes da pandemia da covid-19, os centros de saúde tinham ao seu serviço cerca de 250 psicólogos e, desde então, “não existem dados oficiais sobre o número de contratações temporárias que tenham sido feitas”.
Uma estimativa da ordem aponta para “cerca de 50 psicólogos que podem ter sido contratados em regime temporário em todo o país”, referiu Francisco Miranda Rodrigues, ao defender que mesmo antes da pandemia já existia a “necessidade de duplicação [de profissionais] para dar uma resposta mínima” que permitisse “acabar com os dois anos de espera em alguns sítios para uma primeira consulta” desta área.
“Sem o mínimo de recursos não vamos conseguir fazer um trabalho daqui para a frente ainda mais crítico”, alertou o bastonário, ao salientar que diversos estudos que têm sido publicados demonstram “que o impacto psicológico desta pandemia chega à maioria da população” portuguesa em diversos graus.
Na audição parlamentar, Francisco Miranda Rodrigues sublinhou ainda o facto de as escolas terem reforçado “de forma substancial a resposta dada pelos psicólogos com contratações num número considerável”, que ascenderam a mais de 400.
C/Lusa