Se as restrições não forem levantadas rapidamente, o Reino Unido pode sofrer problemas de abastecimento depois do Natal.
O Governo britânico admitiu reforçar as restrições a ajuntamentos e deslocações no interior do Reino Unido, nos próximos dias e semanas, devido aos receios da rápida transmissão de uma nova variante do vírus que provoca a covid-19.
A ideia de que o território está a braços com um problema grave foi desvalorizada pela Organização Mundial de Saúde, mas levou dezenas de países a proibirem a entrada de passageiros britânicos nos seus territórios, com consequências graves para as importantes ligações entre o porto de Dover e o porto francês de Calais.
Numa conferência de imprensa, na tarde desta segunda-feira, o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, tentou tranquilizar o país com a garantia de que os supermercados estão bem abastecidos para os próximos tempos. E pediu aos cidadãos que não repitam as corridas à compra de alimentos e outros bens, que marcaram as primeiras semanas da pandemia.
Entre domingo e esta segunda-feira, dezenas de países fecharam os seus aeroportos a passageiros britânicos, por períodos que variam entre 48 horas (no caso da República da Irlanda), e quase três semanas (no caso de Itália).
Mas são as restrições impostas pelo Governo francês que mais afectam o dia-a-dia no Reino Unido – para além das restrições nos aeroportos, Paris suspendeu também a entrada dos milhares de camionistas que circulam entre os dois países todos os dias.