Investigadores britânicos acompanharam cerca de 200 mil pessoas com 64 anos ou mais ao longo de oito anos, e concluíram que pessoas com elevado risco genético e hábitos de vida pouco saudáveis têm três vezes maior probabilidade de sofrer de demência em relação às pessoas com baixo risco genético e hábitos de vida saudável, de acordo com um estudo hoje discutido na Conferência Internacional da Associação de Alzheimer, em Los Angeles, e publicado na Internet pela American Medical Association.
Contudo, de acordo com os investigadores, independentemente do risco genético, uma alimentação equilibrada, a prática de exercício, o consumo limitado de bebidas alcoólicas e não fumar tornam a demência menos provável.
O risco de vir a padecer de demência desce para um terço no caso de ser seguido um estilo de vida saudável. E a BBC especifica em que consiste esse estilo de vida: não fumar, andar em passo normal durante duas horas e meia por semana, fazer uma alimentação equilibrada que inclua mais de três porções de fruta e vegetais por dia, comer peixe duas vezes por semana e evitar carne processada e beber no máximo o equivalente a uma cerveja por dia.
A equipa de investigadores da Universidade de Exeter afirmou que os resultados são empolgantes e mostram que as pessoas não estão condenadas a sofrer de demência.
O estudo acompanhou 196.383 pessoas com 64 anos ou mais, durante cerca de oito anos, e analisou o ADN de cada um dos participantes para aferir o seu risco genético de desenvolver a doença.
De acordo com a BBC, o estudo mostrou que se registaram 18 casos de demência por mil pessoas que nascessem com elevado risco genético e seguissem um estilo de vida pouco saudável.
O número desceu para 11 casos por mil pessoas, durante o estudo, se as pessoas com elevado risco genético tivessem um estilo de vida saudável.
Os investigadores consideram que reduzir as taxas de demência em um terço teria um impacto profundo na qualidade de vida das faixas etárias nas quais a doença é mais comum.
“Pode equivaler a centenas de milhares de pessoas”, afirmou o investigador David Llewellyn à BBC.
C/Lusa