“Não houve resposta clara, objetiva e que resolvesse os problemas que pusemos em cima da mesa”, afirmou o presidente do Sindicato dos Enfermeiros da Madeira (SERAM), Juan Carvalho, em declarações à agência Lusa, após uma reunião com o conselho de administração do Serviço Regional de Saúde da Madeira (SESARAM), que decorreu esta tarde.
O dirigente sindical lamentou que não tenha sido dada resposta, por parte do SESARAM, à compensação designada como ‘prémio covid-19’, que foi paga apenas em 2020, embora estivesse prevista também para 2021 no orçamento regional para esse ano.
“Em 2020, [o Governo Regional] regulamentou esta matéria e pagou. O que aconteceu em 2021 é que não regulamentou e ainda não pagou”, afirmou Juan Carvalho, lamentando que a situação continue por resolver.
Em causa está a majoração de dias de férias “por cada 80 horas efetivamente trabalhadas num serviço covid ou 40 horas trabalhadas noutros serviços”, como em centros de vacinação contra a covid-19, em 2020 e em 2021.
Está também previsto o pagamento de 55% da remuneração da categoria a que o enfermeiro pertence pago de uma só vez, recordou o dirigente sindical.
“Não percebemos porque é que a região, em 2023, ainda não concretizou uma matéria prevista num orçamento regional de 2021”, reforçou.
Outro ponto destacado por Juan Carvalho prende-se com a avaliação de desempenho dos enfermeiros para o biénio de 2021-2022, que ainda não foi consensualizada com o SESARAM.
Segundo o enfermeiro, o sindicato quer que, para os dois anos em causa, sejam atribuídos seis pontos para os trabalhadores, uma vez que ainda havia pandemia nesse período, e não apenas quatro como pretende o SESARAM.
Juan Carvalho explicou que no biénio anterior (2019-2020) foram atribuídos quatro pontos, um dos quais referente a 2019 e três relativos a 2020, devido à pandemia.
Perante a falta de respostas para estas duas reivindicações, as principais de um conjunto mais alargado, Juan Carvalho foi perentório: “Que não restem dúvidas de que o Sindicato dos Enfermeiros da Região autónoma da Madeira não abdica da concretização destes dois pontos”.
Lusa