Segundo os dados apresentados por Carla Nunes, da Escola Nacional de Saúde Pública da Universidade Nova de Lisboa, na reunião de especialistas que hoje decorreu no Infarmed, em Lisboa, entre os dias 19 de fevereiro e 19 de março a percentagem de pessoas que disse ter estado em contacto com grupos de 10 ou mais pessoas que não pertencem ao seu agregado familiar passou de 1,8 para 4,9%.
O uso da máscara quando se sai de casa tinha uma adesão de 98% a 19 de fevereiro e passou para 86% um mês depois e a frequência com que os portugueses disseram ter saído de casa (sem ser para trabalhar) todos ou quase todos os dias passou de 17% para 26%.
O cumprimento da medida das distâncias físicas (dois metros) também piorou, passando de 8,9% para 12,2% as pessoas que nunca a cumpriram ou que não a cumpriram algumas vezes.
A especialista explicou que ao nível dos comportamentos, a situação tinha melhorado em todos os indicadores, inverteu a tendência nas quinzenas natalícias (incluindo o Ano Novo), voltou a melhorar em janeiro (na última vaga da pandemia) e piorou de novo nas últimas quinzenas.