O surto da Doença de Newcastle detetado em finais de junho passado em pombos da ilha do Porto Santo está devidamente controlado, tendo esta passado de zona sob vigilância para zona livre da doença. Assim, foram já desmanteladas todas as medidas de biossegurança que, nos termos da legislação aplicável, tiveram que ser tomadas, que consistiram, entre outras, no sequestro de 12 explorações com aves de capoeira suspeitas de contaminação, com a adoção de determinados procedimentos higiossanitários, e na introdução de pedilúvios e rodilúvios com solução desinfetante nos pontos de saída aérea e marítima daquela ilha. Estas disposições de contingência foram determinantes para impedir a disseminação do agente etiológico para outras áreas geográficas, nomeadamente para a ilha da Madeira.
Paralelamente, é de referir que a Secretaria Regional de Agricultura e Pescas, através dos competentes serviços da Direção Regional de Agricultura, para proteger o efetivo avícola são existente, procedeu a cerca de 3.000 vacinações e revacinações, a título gratuito, das aves de produção (apesar de maioritariamente galinhas, igualmente um elevado número de pombos) de 50 detentores.
Recorde-se que a Doença de Newcastle também conhecida por Pseudopeste Aviária ou Pneumoencefalite Aviária é uma doença epizoótica, de etiologia vírica, que afeta todas as espécies avícolas com especial incidência nas galinhas, perus, pombos e algumas aves selvagens (migratórias e exóticas), e que se traduz normalmente numa elevada mortalidade em aves de todas as idades, com rápida disseminação no caso de aves jovens.
Pese a situação estar debelada, como prevenção é ainda recomendado que não ocorram movimentações de aves de capoeira vivas ou de ovos, entre detentores do Porto Santo; todas as aves sejam mantidas em locais de alojamento fechados, de modo a não contatarem com outras aves (selvagens ou não) salvaguardando sempre o bem-estar das mesmas, e o alimento e a água de bebida deverão ser colocados à disposição dos animais de modo a que as aves de vida livre ou silváticas não possam aceder aos mesmos.
Para o sucesso desta operação de combate a este pernicioso vírus para as aves domésticas da ilha do Porto Santo, o Governo Regional vem penhoradamente agradecer o prestimoso trabalho prestado pela equipa de médicos veterinários da Secretaria Regional de Agricultura e Pescas, como toda a colaboração prestada pela Direção Regional para a Administração Pública do Porto Santo, designadamente através do seu Centro de Atendimento Veterinário do Porto Santo, o Aeródromo de Manobra n.º 3 do Porto Santo, o Aeroporto do Porto Santo, o Porto do Porto Santo, a Porto Santo Line, o Ministério Público, bem como a PSP, a GNR, e o Corpo de Polícia Florestal.