As detenções foram confirmadas, através de um comunicado, pela T&T Police Service que detalhou que venezuelanos foram detidos depois de os agentes terem recebido informações de que um grupo de migrantes se tinha refugiado num hotel da cidade de Chaguaramas, no sudoeste da ilha de Trindade.
No local, os venezuelanos tentaram, sem sucesso, fugir das autoridades policiais.
Segundo a imprensa de Caracas, as detenções tiveram lugar a 31 de agosto, pouco depois de chegarem, por barco, à ilha da Trindade.
Os detidos foram colocados em quarentena preventiva da covid-19, à espera para ser repatriados para a Venezuela.
A imprensa local dá conta que milhares de venezuelanos têm tentado chegar, nos últimos anos, às ilhas de Trindade e Tobago, com a esperança de conseguir melhores condições de vida que na Venezuela.
Também que em junho de 2021, quase 16.500 venezuelanos tinham completado um processo de registo imposto pelas autoridades daquele território, que lhes permitiu trabalhar e viver legalmente em Trindade e Tobago.
Em 2020 as autoridades expulsaram quase 200 venezuelanos que tentaram entrar ilegalmente naquelas ilhas e em dezembro desse mesmo ano pelo menos 25 cidadãos originários da Venezuela morreram afogados em alto-mar, quando tentavam chegar a Trindade e Tobago.
Em finais de julho a Organização de Estados Americanos advertiu que a migração venezuelana poderá atingir os sete milhões de pessoas, até os primeiros meses de 2022, superando o êxodo de Síria, que é tido como o maior do mundo, com 6,7 milhões de refugiados sírios que fugiram daquele país devido a uma guerra civil.