De acordo com a organização não-governamental, 4,2 milhões de hectares de ecossistemas fundamentais para o planeta desapareceram na sequência de incêndios ou foram abatidos pela ação humana.
As conclusões da Global Forest Watch têm como base imagens captadas por satélites e indicam que o Brasil é o país mais afetado pela desflorestação tropical, seguido da República Democrática do Congo.
A organização não-governamental sublinha que a área destruída aumentou "apesar da crise sanitária" provocada pelo covid-19.
A área ardida ou destruída corresponde a 4,2 milhões de hectares de florestas tropicais, cruciais para a biodiversidade do planeta e para o armazenamento de carbono.
No total, os trópicos perderam 12,2 milhões de hectares de floresta e plantações em 2020.
A Global Forest Watch refere que o "principal motor da destruição" foi "sem surpresa" a agricultura, mas os investigadores referem igualmente as vagas de calor que provocaram os incêndios no ano passado sobretudo na Austrália, na região russa da Sibéria e na Amazónia brasileira.
O relatório admite que a pandemia de covid-19 pode ter tido impactos negativos já que muitas florestas ficaram sem proteção e vigilância não tendo sido possível regular ou impedir as deslocações de populações inteiras para as zonas rurais, em alguns países.
Assim, a crise sanitária agravou a trajetória relativa à destruição das florestas tendo a organização não-governamental alertado para o agravamento da situação sobre a regulação da flexibilização da recuperação económica.
C/Lusa