No relatório anual da organização não-governamental sobre o Índice de Perceção da Corrupção, que analisa 180 países e territórios, Delia Ferreira Rubio lamenta que o panorama se tem mantido um pouco por todo o mundo, onde a maioria dos Estados registaram poucas ou nenhumas melhorias no combate ao fenómeno em quase uma década.
Numa escala de 0 (pior) a 100 (melhor), mais de dois terços dos países e territórios analisados obtiveram resultados abaixo de 50, demonstrando que a corrupção não só mina a resposta global à covid-19 como contribui para a contínua crise da democracia, salienta-se no documento.
“O índice deste ano mostra que a corrupção é mais elevada nos países menos equipados para lidar com a pandemia de covid-19 e outras crises globais. O índice, que classifica 180 países e territórios pelos níveis de perceção de corrupção no setor público de acordo com especialistas e empresários, usa uma escala de zero a 100, onde zero é altamente corrupto e 100 é muito limpo”, relembra-se.
“Os dados mostram que, apesar de algum progresso, a maioria dos países ainda não consegue combater a corrupção de forma eficaz. Além de obter pontuações baixas, quase metade de todos os países estão estagnados no índice há quase uma década. Esses países não conseguiram mover a agulha de forma significativa para melhorar sua pontuação e combater a corrupção no setor público”, refere-se.
Na lista dos 10 países menos corruptos, mantêm-se na liderança a Dinamarca e a Nova Zelândia, com 88 pontos, à frente da Finlândia, Singapura, Suécia e Suíça (todos com 85), Noruega (84), Países Baixos (82) e Alemanha e Luxemburgo (ambos com 90).
C/Lusa