"Aproximadamente um mês após a retoma da sua operação, o grupo SATA faz um balanço muito, tanto no transporte de passageiros como de carga. No mês de Junho, a taxa de ocupação média de passageiros rondou os 40% na totalidade das rotas operadas, o que representa um valor assinalável, considerando o contexto de pandemia e o período de cerca de 3 meses em que os passageiros estiveram impedidos de se movimentarem, devido à evolução da Covid-19 e às restrições de circulação impostas", diz a companhia em comunicado.
Para o grupo SATA, esta percentagem de cerca de 40% na taxa de ocupação "é um valor encorajador", uma vez que, "gradualmente, as companhias aéreas e os passageiros demonstram mais confiança em voltar a voar e aprendem a movimentar-se nesta nova normalidade".
"Apesar de ainda limitada, representa e faz prova do investimento significativo por parte do Grupo SATA, que tem procurado cooperar ativamente para que a atividade económica e turística do Arquipélago possa ressurgir, gradualmente. O esforço empreendido no reinício da operação, representa o compromisso e a missão que o Grupo SATA assume na promoção da mobilidade entre as ilhas do Arquipélago e destas com o exterior", lê-se ainda na nota da SATA, que assegura as ligações aéreas entre as nove ilhas dos Açores.
Ainda assim, e apesar do início gradual deste primeiro mês de operação, a companhia aérea pública refere que a taxa de ocupação "continua, como esperado, aquém do que se regista habitualmente nesta altura do ano".
"A previsão da taxa de ocupação, isto é, as reservas de 15 de julho até final de agosto, situa-se, neste momento, em cerca de 33%, que compara com uma taxa de ocupação de cerca de 80%, em igual período do ano anterior", explica a SATA, lembrando que "é esperado que um número de passageiros aguarde até mais tarde a realização das suas viagens uma vez que os clientes vão ganhando confiança, à medida que vão recebendo testemunhos de que a viagem e o acolhimento decorrem bem".
A SATA adianta que serão feitos neste período "um conjunto de ajustes pontuais no sentido de procurar um melhor equilíbrio entre a oferta e a procura" para "uma melhor gestão de recursos".
"Esse processo decorre de uma análise contínua que o Grupo SATA realiza à sua operação, em conjunto com os seus parceiros", explica.
A companhia aérea assinala ainda no contexto da retoma "o desempenho excecional" da operação de carga comercial, tendo, em maio, "a SATA Azores Airlines transportado 250 toneladas de carga num total de mercado de, aproximadamente, 1.600 toneladas, à saída do continente, sendo o operador número um do mercado, o que representa um marco no seio do Grupo SATA".
A empresa anunciou na terça-feira ter solicitado um auxílio ao Estado de 163 milhões de euros para "prover as necessidades de liquidez" até ao final deste ano, porque as medidas para "debelar os impactos da pandemia são insuficientes",
As medidas implementadas no Grupo SATA para debelar os impactos da pandemia são "insuficientes para colmatar as necessidades de tesouraria que o Grupo enfrenta, sendo necessária uma intervenção pública por parte do Governo da República" explicou o Conselho de administração.
Assim, foi solicitada a concessão de um apoio no montante de cerca de EUR 163 M, "destinado a prover as necessidades de liquidez até ao final do corrente ano de 2020. Este apoio é a garantia para que o Grupo SATA possa obter financiamento bancário", adiantou, informando já ter remetido "uma comunicação ao Governo Regional", acionista único da empresa, a "dar conta, na forma do Plano de Desenvolvimento 20-25, do potencial do Grupo".