A Ryanair tem cerca de 19.000 empregados em todo o mundo.
O diretor de pessoal da Ryanair, Darrel Hughes, afirmou que "são momentos muito dolorosos" para a companhia, que se prepara para enfrentar mais ajustamentos devido ao colapso do tráfego de passageiros provocado pela pandemia de Covid-19.
"Ainda que estimemos abrir os nossos escritórios a partir de 1 de junho, não precisamos do mesmo número de pessoas nas equipas de apoio durante um ano em que transportaremos menos de cem milhões de passageiros, contra 155 milhões previstos previamente", explicou.
Hughes adiantou que a companhia aérea continuará em contacto com os sindicatos para analisar o seu plano de reestruturação e adiantou que a direção efetuará "novos anúncios" antes do final do mês.
O CEO (Chief Executive Officer) do grupo Ryanair, Michael O’Leary, já anunciou em abril que a transportadora poderia eliminar até 3.000 postos de trabalho, na maioria pilotos e pessoal de cabine, durante os próximos dois anos devido à queda da procura.
O’Leary confirmou que "mais de 99%" da frota permanecerá em terra até "pelo menos" julho e calculou que o tráfego de passageiros não voltará aos níveis de 2019 "até ao verão de 2022"
O grupo Ryanair operou e vai operar menos de 1% da sua programação normal de voos durante os meses de abril, maio e junho, e esta semana anunciou que apenas retomará 40% dos seus voos regulares a partir do mês de julho.
A Ryanair espera agora transportar menos de 100 milhões de passageiros, menos 35% do objetivo anterior, de transportar mais de 155 milhões de passageiros durante o ano fiscal da companhia que termina em março de 2021.
No comunicado, hoje divulgado, a Ryanair sublinha que enfrenta também uma "intensa concorrência de tarifas em toda a Europa, uma vez que é obrigada a competir com as companhias aéreas de bandeira que receberam mais de 30 mil milhões de euros de subsídios estatais ilegais por parte dos seus Governos, permitindo-lhes operar com tarifas baixas durante muitos anos, beneficiando-se de auxílios estatais ilegais".