O ministério adiantou ainda terem sido detetadas 3.451 novos infetados, totalizando 240.161 pessoas doentes com o novo coronavírus no Reino Unido desde o início da crise.
Os novos dados foram divulgados numa altura em que cresce a polémica à volta do plano de levantamento progressivo das restrições associadas à pandemia da covid-19, defendido pelo Governo de Boris Johnson.
Segundo o primeiro-ministro, as escolas primárias devem começar a reabrir a partir de 1 de junho, apesar das reservas e recusas que têm sido expressas pelos sindicatos de professores, alegando a possibilidade de aumento dos contágios.
Segundo dados oficiais, o Serviço Nacional de Saúde britânico (NHS) realizou 136.486 testes num período de 24 horas.
O Ministério da Saúde estabeleceu, no final de abril, a meta de realizar 100 mil testes por dia, embora na primeira semana de maio o número tenha sido inferior.
Após semanas de críticas das autoridades de saúde pela falta de testes suficientes, o Governo prometeu que o país poderá processar 200 mil testes de diagnóstico a partir do final deste mês.
O executivo autorizou, na quarta-feira, o levantamento de algumas restrições em Inglaterra, embora as autoridades autónomas das outras três regiões do Reino Unido – Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte – mantenham as medidas de confinamento.
Desde esse dia, os ingleses podem sair de casa mais de uma vez por dia para fazer exercício físico, mas o Governo pediu à população que só vá trabalhar se não puder fazê-lo em casa e que evite, na medida do possível, usar transportes públicos.
Os transportes constituem uma das principais preocupações do Governo, especialmente na capital britânica, pelo que foi pedido às pessoas que optem por andar a pé ou de bicicleta.
Nos últimos dias, a taxa de transmissão do coronavírus por cada infetado (R), dado vital para decidir o levantamento gradual das medidas de quarentena, subiu para a faixa de 0,7 – 1, acima do intervalo 0,5 a 0,9, onde estava na semana passada, segundo as autoridades.
Alguns especialistas alertaram para o perigo de R atingir ou exceder 1, já que torna muito mais fácil a propagação do vírus.
Desde que foi detetada na China, em dezembro passado, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 307 mil mortos e infetou mais de 4,5 milhões de pessoas em 196 países e território, segundo um balanço da agência de notícias AFP.
Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano passou agora a ser o que tem mais casos confirmados (cerca de 2 milhões contra 1,8 milhões no continente europeu), embora com menos mortes (mais de 118 mil contra mais de 164 mil).
Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), paralisando setores inteiros da economia mundial, num “grande confinamento” que vários países já começaram a aliviar face à diminuição dos novos contágios.
Os Estados Unidos são o país com mais mortos (87.493) e mais casos de infeção confirmados (mais de 1,4 milhões).
Seguem-se o Reino Unido (33.998 mortos, mais de 236 mil casos), Itália (31.610 mortos, perto de 224 mil casos), França (27.529 mortos, mais de 179 mil casos) e Espanha (27.563 mortos, mais de 230 mil casos).
A Rússia, com menos mortos do que todos estes países (2.537), é, no entanto, o segundo país do mundo com mais infeções (mais de 272 mil).
C/Lusa