“Era muito importante não fechar fronteiras, nem com a Espanha, nem com os nossos parceiros europeus, mesmos que os parceiros europeus, os que o foram até há pouco tempo, fechem fronteiras portuguesas”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa.
O Presidente da República, que falava aos jornalistas à margem de uma audiência, no Porto, com a Federação Portuguesa de Ciclismo e na qual esteve presente o vencedor da Volta a Portugal Edição Especial, Amaro Antunes, reforçou que a intenção deve ser a de “evitar o encerramento de fronteiras”, principalmente com Espanha.
“Desde que [as fronteiras] foram reabertas, e eu estive no momento de reabertura com o Rei Filipe VI e também com o primeiro-ministro português e o presidente do Governo espanhol, que se tornou clara a firme vontade dos dois povos de não voltar a encerrar e de enfrentar os tempos que já sabíamos que iam ser difíceis”, observou.
Marcelo Rebelo de Sousa defendeu ainda que só será possível “combater a pandemia e outras realidades semelhantes” através do esforço conjunto dos países da União Europeia e do esforço multilateral de todos os países do mundo.
“Portugal manteve sempre essa abertura como um exemplo de procura de soluções comuns e não de fechamento, egoísmo, isolamento, que não nos leva a sítio nenhum. Só é possível combater a pandemia e outras realidades semelhantes existindo um esforço comum dos países da União Europeia e multilateralmente dos países do mundo”, afirmou.
Antes da audiência com a Federação Portuguesa de Ciclismo, o Presidente da República homenageou com a Ordem de Mérito os médicos Miguel Abreu e Ana Mendes, o enfermeiro Domingos Dieguez e a auxiliar Maria da Conceição Pinto, do Hospital de Santo António, no Porto.
Na sessão, Marcelo Rebelo de Sousa destacou “o grau de dedicação” de todos os profissionais que têm estado mobilizados “nesta tarefa nacional relacionada com a pandemia”.
“É um duplo agradecimento, um duplo louvor que vos transmito a vós e a milhares de profissionais de saúde em nome de todos os portugueses. É um incentivo, porque a pandemia não acabou. É um incentivo e o desafio de que a saúde em Portugal nunca acabará”, sublinhou.