"Deixo aqui um apelo pedagógico, porque as famílias, devem ter cuidados [relativamente ao contágio]. Qualquer distração pode levar a surtos. Quando as famílias se juntam, não se esqueçam que são núcleos diferentes. Cada núcleo é como se fosse uma bolha de infeção. Basta que um núcleo esteja infetado para poder infetar os outros”, observou Graça Freitas, na conferência de imprensa da Direção-Geral da Saúde sobre a situação epidemiológica no país.
A responsável lembrou que, “no início”, a região Norte foi a mais afetada pela pandemia, motivo pelo qual nessa “primeira fase” foi “criado um gabinete de crise” que continua a funcionar e “utiliza métodos que foram sendo utilizados em Lisboa”.
“A região tem toda esta experiência acumulada e cremos que vai controlar estes surtos”, afirmou.
Graça Freitas destacou que, “no convívio familiar, é muito fácil haver distrações que podem levar a infeções”.
“Quando nos encontramos, basta uma dessas bolhas [núcleos familiares] ter um caso infetado para propagar”, alertou.
A diretora-geral da Saúde referiu ainda que o Norte “nunca deixou de ter casos dispersos” e que, “neste momento, existem surtos de origem familiar e social”, sendo “Vila do Conde um concelho particularmente afetado”.
Dos 121 novos casos registados no boletim da DGS de domingo, 54 eram relativos à região Norte e 43 a Lisboa e Vale do Tejo.
No boletim de hoje, dos 132 novos casos registados, 66 dizem respeito a Lisboa e Vale do Tejo e 41 à região Norte.
C/Lusa