De acordo com informação avançada pelo jornal Bild, a líder alemã terá questionado, numa videoconferência interna do seu partido, a CDU, se a atuação para travar o vírus na capital estaria a ser a mais adequada, sublinhando que “algo tem de ser feito em Berlim”.
A Alemanha registou, na semana passada, mais de 2.000 novos casos diários de covid-19, números que se assemelham aos de abril. Só no sábado, os valores chegaram aos 2.507, os mais altos desde 18 de abril.
Merkel acredita que, “se a tendência continuar assim, a Alemanha terá 19.200 novas infeções por dia”, cita o Bild, remetendo para a altura do Natal e das festas familiares.
O Instituto Robert Koch (RKI) e o virologista Christian Drosten, têm alertado diversas vezes para o perigo de contágio durante celebrações familiares.
Só em Biefeld, no estado federado da Renânia do Norte-Vestefália, cerca de 900 alunos e professores de uma escola estão em quarentena, depois de terem sido detetados vários casos em consequência de uma reunião familiar.
“O desenvolvimento dos contágios preocupa-nos muito. Não acontece em todos os lados, mas sim de forma local e regional. Não podemos deixar que, em algumas zonas, o vírus se continue a propagar exponencialmente”, destacou hoje o porta-voz do governo, Steffen Seibert.
A Alemanha contabilizou, nas últimas 24 horas, 1.192 novos casos, apesar de três regiões não terem comunicado dados.
Desde o início da pandemia de covid-19, o país identificou um total de 285.332 casos e 9.460 mortos.
Há mais três vítimas mortais e 1.700 novos casos considerados curados em relação ao dia anterior, com a Renânia do Norte-Vestefália e a Baviera a destacarem-se com o maior número total de casos e óbitos.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de um milhão de mortos e mais de 33 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 1.953 pessoas dos 73.604 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.
C/Lusa