O congestionamento do Canal do Suez devido ao encalhe do porta-contentores “Ever Given” ainda não está resolvido quase três dias depois do navio voltar a navegar e hoje quase 250 embarcações aguardavam para atravessar a via.
Segundo a empresa de serviços logísticos Leth Agencies, 249 embarcações esperavam poder atravessar hoje a importante via marítima, por onde passa cerca de 10% do comércio marítimo mundial e 25% dos contentores.
A Leth indicou que 127 navios esperam passagem na entrada pelo Mar Vermelho e 122 na costa de Port Said, no Mediterrâneo.
A previsão é que 87 embarcações atravessem hoje o canal, número semelhante ao do dia anterior, referiu a agência noticiosa espanhola EFE.
O “Ever Given” esteve quase uma semana atravessado no Canal do Suez, impedindo a circulação na via, tendo sido desencalhado na segunda-feira.
Nesse dia, o presidente da Autoridade do Canal do Suez, Osama Rabie, estimou em “três dias ou três dias e meio” o prazo necessário para se restabelecer a navegação marítima, mas na quarta-feira estendeu o prazo até sexta-feira ou sábado.
Maersk, a principal empresa de navegação que opera no Suez, calculou que o congestionamento poderá levar “seis dias ou mais” a resolver-se.
O Presidente do Egito, Abdel Fattah al-Sissi, prometeu na terça-feira que o país vai adquirir equipamento adequado para evitar a repetição do incidente que bloqueou a via, considerando que “a crise mostrou a que ponto o canal é importante para o mundo".
Segundo a Autoridade do Canal do Suez, o Egito perdeu entre 12 milhões e 15 milhões de dólares (10 milhões e 12,7 milhões de euros) por cada dia que esteve encerrada a passagem, que encurta em vários dias a viagem marítima entre a Ásia e a Europa.