"Em Portugal, a nossa função é chegar a todo o lado e faltava chegar aqui, à Camacha, faltava chegar à Madeira com a rede de clubes", afirmou Rita Brasil de Brito, secretária executiva da Comissão Nacional da UNESCO, após a assinatura do protocolo com a Casa do Povo da Camacha, freguesia do concelho de Santa Cruz, zona leste da Madeira.
A responsável esclareceu que uma ‘associação UNESCO’ é uma instituição da sociedade civil que fica incumbida de "trabalhar no dia-a-dia" os programas, ideais e convenções da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), cuja principal missão é contribuir para a paz e o desenvolvimento humano.
"Este é um momento histórico para a Casa do Povo da Camacha", afirmou o presidente, Ricardo Vasconcelos, lembrando que a instituição foi criada há 83 anos e grande foco da sua atividade é a etnografia, através do grupo folclórico, da orquestra de bandolins, do grupo coral e do grupo de teatro.
Ricardo Vasconcelos indicou, por outro lado, os contributos da Casa do Povo a vários níveis para a promoção da cidadania responsável e salientou que a ligação à UNESCO é um "termo de responsabilidade" que traduz o reconhecimento pelo trabalho desenvolvido.
Com a atribuição do estatuto de ‘associação UNESCO’ à Casa do Povo da Camacha, a Madeira passa a estar ligada a quatro áreas daquela organização das Nações Unidas, depois da classificação da floresta laurissilva como património mundial em 1999, da integração do concelho de Santana (norte da ilha) na rede Biosfera e de programas envolvendo algumas escolas.
C/ LUSA