O Governo vai adotar “uma medida adicional que obrigará todos os passageiros que cheguem ao Canadá a ter um teste de despistagem negativo para a covid-19” que seja “negativo”, indicou o ministro dos Assuntos Intergovernamentais, Dominique LeBlanc.
A medida deve entrar em vigor “durante os próximos dias”, precisou.
A nova medida será implementada após a deteção de vários casos de contaminação pela nova variante do coronavírus que circula no Reino Unido e que foi detetada no Canadá, pela primeira vez, na semana passada.
O Canadá suspendeu até 06 de janeiro todos os voos provenientes do Reino Unido, após a deteção da nova variante no país.
Os viajantes que chegam ao país já são submetidos a uma quarentena obrigatória de 14 dias, independentemente de serem ou não canadianos, incorrendo numa pena de prisão até seis meses e/ou uma multa de até 750 mil dólares canadianos (478 mil euros).
As visitas domiciliárias das autoridades canadianas a viajantes em quarentena serão também “reforçadas durante as próximas semanas” para confirmar o cumprimento da medida.
Mas apesar de “a maior parte dos canadianos” respeitarem as recomendações das autoridades, “alguns continuam a viajar por motivos não essenciais”, lamentou o principal oficial de saúde pública do país, Dr. Howard Njoo.
É o caso do ministro das Finanças, Rod Phillips, que partiu em viagem de lazer para as Caraíbas, o que levou o Primeiro-Ministro do Estado de Ontário, Doug Ford, a confessar-se “extremamente desiludido”.
“Vamos ter uma conversa muito dura quando voltar. Não pode haver regras diferentes para pessoas eleitas e não eleitas”, prometeu Doug Ford.
Várias províncias, tais como Ontário e o Quebeque, impuseram um confinamento em diversas regiões durante o período de festas e enfrentam, esta semana, números recorde de novos casos diários de covid-19.
As fronteiras do Canadá continuam fechadas desde março para estrangeiros, com exceção daqueles cuja presença no território seja considerada essencial.
“Apenas cerca de 02% dos casos de covid-19 detetados no Canadá têm origem em viagens ao exterior do país”, precisou o ministro dos Assuntos Intergovernamentais.