A Adastra Labs, empresa especializada no processamento de canábis, anunciou ter recebido na quinta-feira aprovação da autoridade de Saúde do país para fornecer drogas e substâncias controladas, permitindo lidar com até 250 gramas de cocaína e importar folhas de coca para fabricar e sintetizar a substância.
"A redução de danos é uma questão central e de crítica importância, e nós continuamos na vanguarda da regulamentação da droga em todos os domínios", disse o diretor executivo da Adastra Labs, Michael Forbes, num comunicado divulgado pela empresa.
A oposição ao Governo de Justin Trudeau criticou a medida, salientando que a cocaína "não é segura", de acordo com o canal público Canadian Broadcasting Corporation.
"A cocaína não se prescreve, não é segura e isto está errado (…). Comercializar cocaína como uma oportunidade de negócio equivale a legalizar o tráfico de cocaína, e ponto final", disse Kevin Falcon, membro do Partido Liberal da província de Colúmbia Britânica.
Mais de onze mil pessoas morreram de overdose de substâncias ilícitas desde que a Colúmbia Britânica, no oeste do Canadá, declarou emergência de saúde pública em 2016.
As mortes dispararam quando o fentanil, um opioide, se tornou na droga ilícita dominante.