A Câmara Municipal do Funchal deliberou ontem, por unanimidade, retomar o pagamento do subsídio de insularidade aos funcionários, que estava suspenso desde 2012, informou o presidente da autarquia, Paulo Cafôfo.
"Estamos a falar num valor anual de 270 mil euros a mais que a Câmara vai disponibilizar para o pagamento do subsídio de insularidade", disse o autarca após a reunião do executivo camarário, sublinhando que a instituição emprega 1650 funcionários.
O subsídio de insularidade foi suspenso em 2012 na sequência do Plano de Ajustamento Económico e Financeiro (PAEF), aplicado à Região Autónoma da Madeira devido à dívida pública, que era superior a 6 mil milhões de euros.
"O Orçamento Regional para 2017 abriu essa possibilidade, mais do que justa, depois da austeridade e das restrições orçamentais", lembrou Paulo Cafôfo, vincando que, no caso dos funcionários camarários, o pagamento será feito "na totalidade" com base no orçamento municipal.
O executivo camarário, liderado pela coligação Mudança (PS, BE, PTP, MPT e PAN) aprovou, por outro lado, uma proposta da CDU com vista à valorização ambiental e turística dos picos do Funchal, pequenas montanhas sobranceiras à cidade.
"Estes picos necessitam de uma intervenção, seja ao nível de espaços de lazer, como também ao nível da valorização ambiental", realçou Paulo Cafôfo, sublinhando que um dos objetivos consiste em criar uma "rota dos picos".
LUSA