“A partir do início de abril vamos ter mais inspetores do SEF nos aeroportos de Lisboa, Faro e Funchal”, disse Eduardo Cabrita aos deputados da Comissão de Assuntos Europeus, numa audição pedida pelo PCP sobre os impactos do processo de saída do Reino Unido da União Europeia (‘Brexit’).
O ministro avançou que o aeroporto de Lisboa vai contar com mais 22 inspetores do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras “caso exista ou não ‘Brexit’” e o aeroporto de Faro vai ter mais 10 novos elementos do SEF.
À questão sobre a falta de inspetores e de meios no SEF colocada pelos deputados do PCP, PSD, BE e CDS-PP, Eduardo Cabrita respondeu que entraram em funções dois grupos de 45 inspetores em 2018, estando também prevista para este ano a entrada de mais 70 elementos através de um concurso interno.
O ministro disse que foi também aberto em novembro de 2017 um concurso externo de 100 inspetores, estando neste momento em fase de seleção e devem entrar em funções “até junho”.
O ministro disse igualmente que devido “às exigências documentais” está a decorrer no SEF o recrutamento de 116 assistentes técnicos e mais 16 para a área informática.
Segundo Eduardo Cabrita, o SEF foi a força e serviço de segurança tutelada pelo Ministério da Administração Interna que percentualmente mais cresceu ao longo destes últimos anos.
O governante avançou também aos deputados que o SEF vai reforçar a embaixada de Portugal e os consulados no Reino Unido com a colocação de quatro funcionários.
“O SEF vai colocar um oficial de ligação na embaixada em Londres e três funcionários na área documental”, disse, explicado que vão apoiar o fluxo de informações de britânicos e de portugueses, além de se estimar um aumento na emissão de passaportes aos emigrantes.
Segundo o ministro, há cerca de 400 mil portugueses no Reino Unido, e só 111 mil têm passaportes emitidos naquele país.
“Apesar de alguns cidadãos terem passaportes emitidos em Portugal, admitimos que exista um número significativo de portugueses sem passaporte”, afirmou.
C/ LUSA