Em comunicado, a Zero lembra que esse direito existe desde 01 de julho. O decreto-lei 102D/2020 diz que os estabelecimentos que forneçam refeições prontas a consumir em regime de pronto-a-comer são obrigados a aceitar que os seus clientes utilizem os seus próprios recipientes, devendo comunicar de forma clara essa possibilidade, fornecendo a informação necessária.
O projeto da Zero, chamado “Take It”, destina-se a divulgar esse direito e apoiar os restaurantes no apelo para que os clientes adiram à nova prática.
O “Take It” “pretende sensibilizar os estabelecimentos de restauração e a sociedade civil para o direito dos cidadãos e cidadãs a transportarem refeições prontas em recipientes reutilizáveis através de uma campanha de sensibilização”, refere o comunicado.
Pretende-se, diz a organização, levar as empresas de restauração a promover a iniciativa, sendo que os que o fizerem terão acesso a materiais de comunicação gratuitos que poderão usar nas suas instalações, para sensibilizar os seus clientes.
Além dos materiais de comunicação e de uma campanha de sensibilização, o movimento irá também disponibilizar formação gratuita aos estabelecimentos participantes. Segundo a Zero os estabelecimentos podem a partir de hoje inscrever-se na página do projeto, em https://take-it.pt/ .
No comunicado, a organização ambientalista assinala que a produção de resíduos per capita tem vindo a aumentar, tendo sido de 511 quilos por pessoa em 2020, representando as embalagens cerca de 26% do total de resíduos urbanos produzidos anualmente, cerca de 130 quilos por pessoa.
E afiança que promover a reutilização em áreas como o pronto-a-comer/takeaway vai permitir aos estabelecimentos de restauração e similares reduzir custos.
Nas contas da Zero, se cada recipiente descartável custar 20 cêntimos e 10 clientes por dia trouxerem recipientes reutilizáveis, a poupança anual será de 720 euros.