A APCP defendeu que o PRR "é uma oportunidade única para um investimento estruturado, robusto e direcionado às necessidades identificadas após um período pandémico" e para "corrigir assimetrias e desigualdades graves no acesso a serviços e a cuidados de saúde".
Entre uma dúzia de contributos apresentados para o PRR, a associação propôs dotar todos os agrupamentos de centros de saúde com pelo menos uma Equipa Comunitária de Suporte em Cuidados Paliativos para dar resposta às necessidades da população.
O Plano Estratégico para o Desenvolvimento dos Cuidados Paliativos 2017-2018 propunha entre 66 a 101 equipas.
As equipas, propõe a APCP, devem ter condições para assegurar atendimento telefónico 24 horas por dia para ajudar famílias e outros profissionais que prestam cuidados nessa área.
A APCP sugeriu também a criação de unidades de cuidados paliativos em todos os hospitais públicos, incluindo nos serviços de Pediatria.
A associação considerou ainda que essas equipas devem ser compostas por profissionais com "formação avançada e competência reconhecida em cuidados paliativos" e defendeu que as administrações regionais de saúde devem dinamizar cursos e estágios nessa área, privilegiando os profissionais que trabalham em serviços clínicos "com alta prevalência de doentes com doença incurável e progressiva", como os que trabalham em Unidades de Cuidados Continuados, Estruturas Residenciais para Pessoas Idosas e nas especialidades hospitalares de Oncologia Médica, Medicina Interna, Cirurgia Geral, Urgência e Cuidados Intensivos.
C/Lusa