A Ordem dos Arquitetos discorda por completo da forma como os trabalhos de renovação das fachadas do edifício “Hotel Quinta do Sol” estão fundamentados pois considera que a intervenção em causa desvirtuou de forma permanente algumas das características fundamentais da arquitetura e do valor cultural e identitário do edifício, um dos mais emblemáticos e mais belos da obra do arquiteto Raúl Chorão Ramalho.
Dando conta da sua posição face ao sucedido, a Ordem dos Arquitectos escreveu duas cartas abertas, uma dirigida ao Presidente da Câmara Municipal do Funchal, apelando para que sejam tomadas medidas de maior proteção do património edificado e cuja qualidade arquitetónica tem o devido merecimento mas não se encontra ainda classificado nem como Imóvel de Interesse Público nem como Imóvel de Interesse Municipal, e uma outra carta aberta dirigida ao empresário Estevão Neves, igualmente dando conta do desagrado pela forma como foi desrespeitada a obra de Raúl Chorão Ramalho, destacada figura da geração de arquitetos modernistas portugueses.