"Houve na última hora a necessidade de proceder ao alojamento de 36 pessoas", adiantou o presidente do Serviço Regional de Proteção Civil e Bombeiros dos Açores, Carlos Neves, em declarações aos jornalistas, em Angra do Heroísmo, cerca das 10:00.
A maior parte dos desalojamentos registou-se na cidade da Horta, na ilha do Faial, uma das mais fustigadas, devido a um "galgamento do mar na zona da Avenida 25 de Abril".
No concelho das Lajes do Pico, na ilha do Pico, foram "retirados das suas habitações 100 habitantes", por precaução.
O número de ocorrências aumentou para 118 e poderá “aumentar ao longo da manhã”, porque o aviso meteorológico “vai-se manter vermelho mais umas horas”.
“Há que frisar no meio deste número considerável de ocorrências que não se registou nenhum ferido, nenhuma vítima e isso é o que nos deixa mais descansados”, apontou o presidente da Proteção Civil.
Na ilha das Flores registaram-se “graves danos” no porto das Lajes, onde “parte do molhe foi engolido pelo mar, assim como edifício de apoio à estrutura portuária e alguns contentores”.
“O vento continuará no grupo central agora até à hora do almoço, nas Flores continuará a manter-se e daqui a duas horas irá decrescer ligeiramente”, disse Carlos Neves, que espera que “ao início da tarde passe a aviso amarelo”.
O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) dos Açores declarou hoje que o período crítico do furacão "Lorenzo" decorrerá até às 09:00 da região (10:00 em Lisboa), afetando maioritariamente a ilha das Flores e do Corvo.
A rajada de vento máxima registada pelo IPMA foi de 163 km/h, às 08:25, no Corvo.
C/ LUSA