Essas pessoas, que vivem a menos de 10 metros acima do nível do mar, vivem em comunidades que, na sua maioria, não estão devidamente preparadas para esse tipo de desastre, segundo o secretário-executivo da comissão oceanográfica intergovernamental da UNESCO, Vladimir Ryabinin.
No entanto, Ryabinin indicou que há avanços nesse sentido e que se espera que até ao final desta década essas comunidades conheçam melhor as medidas a tomar em caso de catástrofe.
Ryabinin explicou que o sistema de mitigação do ‘tsunami’ exige uma parte tecnológica importante, com um alerta precoce, mas também uma parte social, com educação para que as pessoas saibam como responder a esse aviso.
O Japão, por exemplo, está a financiar projetos de ação educacional precoce para ‘tsunamis’ ou terramotos em escolas em mais de vinte países asiáticos.
Especialistas da ONU destacaram que aquilo que a comunidade científica e a sociedade aprenderam há 10 anos em Fukushima é muito importante, que não devemos esperar que ocorra um desastre para prestar atenção à redução de riscos.
“Devemos sempre basear as nossas medidas em evidências científicas e continuar a atualizá-las”, sublinhou a esse respeito a representante especial das Nações Unidas para a Prevenção de Desastres, Mami Mizutori.
“Os tsunamis são um dos desastres mais mortais e, por isso, a preparação é tão importante. Não podemos evitar que aconteçam, mas podemos evitar que sejam um desastre”, concluiu Mizutori.
Os responsáveis das Nações Unidas também lembraram que, nos últimos 25 anos, 260.000 vidas foram perdidas em cinquenta ‘tsunamis’.