A medida foi anunciada pelo Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, durante uma videoconferência com a Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos (CELAC).
“Perante este ato aberrante de arrogância do Presidente [Daniel] Noboa, ordenei o encerramento da nossa embaixada no Equador, o encerramento do consulado em Quito, o encerramento imediato do consulado em Guayaquil e o regresso imediato do pessoal diplomático à Venezuela”, disse.
Agentes da polícia equatoriana invadiram em 05 de abril as instalações da Embaixada do México no Equador, para deter o ex-vice-presidente equatoriano Jorge Glas, alvo de um mandado de captura por alegado desvio de fundos.
Glas refugiou-se na embaixada do México a 17 de dezembro, antes de a justiça equatoriana se pronunciar sobre a responsabilidade num processo, ainda em curso, sobre desvio de fundos destinados à reconstrução de cidades devastadas por um terramoto em 2016.
A invasão da embaixada mexicana no Equador levou à quebra das relações diplomáticas entre México e Equador e a um protesto internacional.
Hoje, Maduro disse ainda apoiar a expulsão do Equador da Organização das Nações Unidas, até que seja apresentado um pedido de desculpas à comunidade internacional e se restitua a situação ao estado legal original.
O Presidente da Venezuela sublinhou que Glas deve ser restituído à embaixada mexicana e que o Equador deve reconhecer-lhe o asilo político e permitir que viaje para o México para “recuperar a sua saúde física das torturas” sofridas.
Maduro considerou um “ato de barbárie, condenado por todo o mundo”, o “assaltar o território do México, a sua embaixada, de espancar e agredir o seu pessoal diplomático perante o mundo, em direto nas redes sociais, de capturar, amarrar e torturar” Glas.
Maduro instou Daniel Novoa a “assumir a sua responsabilidade perante o Equador, a região e o mundo” e questionou o porquê ainda “não deu a cara”.
O ministro das Relações Exteriores venezuelano, Yvan Gil, disse na rede X ter recebido “instruções do Presidente Nicolás Maduro para iniciar ações de apoio à proposta do México de solicitar a expulsão do Equador da ONU, assim como da sua ação judicial perante o Tribunal Internacional de Justiça”.
Lusa