Estas posições foram defendidas por Augusto Santos Silva no discurso que proferiu na cerimónia de boas-vindas ao Presidente do Brasil, Lula da Silva, no parlamento, também na presença do chefe de Estado português, Marcelo Rebelo de Sousa, e do primeiro-ministro, António Costa.
“Consigo Brasília volta a abrir-se ao mundo, porque em si reconhecemos o líder político cujas políticas sociais contribuíram decisivamente para a redução da pobreza e das desigualdades no Brasil. Em si reconhecemos o estadista que se apresentou e venceu eleições livres e que, depois, quando alguns tentaram invadir e derrubar as instituições democráticas brasileiras, soube defendê-las sem qualquer hesitação”, declarou o presidente da Assembleia da República.
Estas afirmações foram aplaudidas por todos os deputados da esquerda parlamentar, mas não pelas bancadas do PSD e do Chega.
Augusto Santos Silva salientou em seguida que, do ponto de vista diplomático, “a personalidade que os brasileiros escolhem como Presidente é sempre bem-vinda ao parlamento português”.
E completou que o parlamento português “se orgulha de já ter recebido em sessão solene quatro” chefes de Estado do Brasil e Lula da Silva pela segunda vez.