Em comunicado, o CDS-Madeira reagiu ao anúncio de que o vice-presidente do Governo da Madeira tem uma reunião de trabalho agendada na sexta-feira, em Lisboa, com o presidente da Aeroportos de Portugal (ANA) para abordar os “constrangimentos frequentes na operacionalidade do Aeroporto Internacional da Madeira – Cristiano Ronaldo”.
“O CDS acha fundamental este encontro, mas aquilo que a ANA pode fazer já o fez. A solução para este problema é política e deve ser decidida pelo Governo de Lisboa”, defendem os centristas madeirenses.
A estrutura partidária recorda que uma delegação de deputados da Madeira esteve reunida há três semana com o responsável daquela entidade, que gere a infraestrutura aeroportuária desta ilha, tendo depois alertado “para a necessidade imperiosa de concluir o estudo da Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC)”.
Este trabalho tem por objetivo “perceber se é possível alterar os limites de vento que condicionam a operacionalidade do Aeroporto Internacional da Madeira”, refere.
Os centristas sustentam que “a decisão de concluir de forma célere o trabalho é política e da competência do Governo da República, sendo imperioso que Lisboa resolva depressa este problema”.
Na sua opinião, “a situação do Aeroporto da Madeira está a transformar a vida dos residentes num inferno e está a estrangular a economia da região, contribuindo decisivamente para que as companhias deixem de voar para cá e para que o destino se torne menos apelativo”.
Os limites impostos à operacionalidade, acrescentam, “datam da década de 1960, quando a pista era mais pequena e os aviões não tinham os equipamentos que têm hoje”.
“Paralelamente, é o único aeroporto do mundo com limites de vento obrigatórios e recomendados”, apontam.
O CDS refere que “nesta fase não se trata de alterar os limites, mas permitir que os níveis existentes deixem de ser obrigatórios – únicos a nível mundial – e passem a recomendáveis”.
O movimento no Aeroporto da Madeira está condicionado desde segunda-feira, tendo hoje sido possível várias aterragens e descolagens, aproveitando as ‘abertas’ no vento forte na zona de Santa Cruz.
A página da Aeroportos de Portugal indica que depois das 12:00 chegaram seis aviões, tendo divergido dois aparelhos, um Transavia France proveniente de Paris e um Tuifly de Munique.
Esta situação também provocou o cancelamento de um avião da TAP oriundo de Lisboa.
LUSA