“Quanto aos atos eleitorais que se aproximam, o PTP, reafirma a sua total intenção de se candidatar em listas próprias a todos os atos eleitorais”, pode ler-se no comunicado com as decisões tomadas na reunião da comissão política do PTP/Madeira, que decorreu hoje.
Esta foi a primeira reunião daquele órgão do PTP após o congresso realizado a 07 de abril de 2018, que elegeu, por unanimidade, como líder na Madeira Quintino Costa.
Na ordem dos trabalhos estava a distribuição de responsabilidades políticas internas e a análise da situação política nacional e regional, além da criação de um grupo de trabalho responsável da elaboração dos programas eleitorais para as eleições europeias e legislativas nacionais.
Quanto à análise da situação política nacional, os dirigentes trabalhistas insulares consideraram que o Governo da República “continua a discriminar a Madeira, particularmente no dossier da construção do novo hospital, na revisão da lei da mobilidade e da Lei de Finanças Regionais”.
No mesmo documento, protestam pelo que consideram ser “o bloqueio nestas matérias”, adiantando que “só não houve avanços porque o Governo da República e os seus apoiantes continuam a olhar para a Madeira com objetivos eleitorais, adiando assim medidas de extrema importância para a Madeira”.
Embora valorizando a “capacidade democrática que tiveram os partidos à esquerda do PS para que fosse assegurada a viabilidade governamental”, lamentam que “essas forças políticas não tenham aproveitado a situação de estabilidade interna bem como o ambiente social favorável para avançar mais na defesa dos direitos dos trabalhadores, na sustentabilidade da segurança social, no combate à pobreza em particular nas camadas mais idosas”.
No mesmo comunicado, escrevem que, “apesar dos aumentos verificados nas reformas, estas continuam a ser miseráveis, fazendo da população mais idosa vulnerável a situações de pobreza”.
Sobre a situação da política regional, opinam que o atual executivo regional “já não merece a confiança da maioria dos madeirenses”.
Também argumentam que se assiste no arquipélago ao surgimento de “uma força política que se diz de esquerda e alternativa ao PSD que em nada se diferencia do pior que tem o PSD”, apontando que “o atual candidato a presidente do Governo por parte do PS [o responsável da Câmara do Funchal, Paulo Cafôfo] recupera a receita jardinista, usando os mecanismos e meios públicos em benefício próprio”.
“Perante esta análise, a Comissão Política do PTP/Madeira, entende que deve intensificar o seu esclarecimento direto com o eleitorado e reforçar a organização interna do partido, tendo como objetivo alargar a sua influência junta da população da Madeira”, sublinham os dirigentes deste partido no mesmo comunicado.
O PTP anunciou anuncia que foi delegado ao presidente da Comissão Política do partido a criação de “um grupo de trabalho que comece a preparar as linhas orientadoras das eleições legislativas nacionais e europeias”, determinando que a questão dos “possíveis candidatos aos próximos atos eleitorais” só se iniciará em janeiro de 2019.
Também manifestou preocupação pelas “tentativas de enfraquecimento dos direitos, liberdades e garantias conquistados em Abril de 1974”.
O PTP tem um deputado na Assembleia Legislativa da Madeira.
LUSA