"Os problemas entre a Região e a República, bloqueados em Lisboa, continuam a existir", afirmou o secretário-geral do partido, Rui Abreu, em nota de imprensa, realçando que prova disto é a posição do primeiro-ministro em relação aos juros da dívida da Madeira e ao subsídio de mobilidade.
António Costa deslocou-se à região para participar no encerramento do Dia do Empresário, um evento promovido pela Associação Comercial e Industrial do Funchal (ACIF), tendo antes mantido um encontro com o presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque.
No final, o primeiro-ministro assegurou que a República vai comparticipar 50% da construção do novo Hospital, um projeto orçando em 314 milhões de euros, bem como "assumir as dívidas dos subsistemas da Saúde ao Serviço Regional de Saúde", num montante de 17 milhões de euros.
Mostrou-se ainda disponível para fazer repercutir na dívida que a Madeira contraiu a redução da taxa de juro que a República tem beneficiado, apontando que será uma "forma de a Madeira não ter de pagar à República mais do que a República paga aos seus credores".
A defesa do Centro Internacional de Negócios e a necessidade de trabalhar para encontrar uma "solução conjunta" para rever o modelo do subsídio de mobilidade que apenas tem "beneficiado as transportadoras" foram outros temas destacados por António Costa.
O PSD/Madeira considera, no entanto, que o primeiro-ministro se mostrou apenas "sensível" e "disponível" para encontrar soluções, nomeadamente para os juros da dívida e para o subsídio de mobilidade.
Em relação ao novo hospital e ao pagamento dos subsistemas de saúde, Rui Abreu afirma que as declarações do primeiro-ministro não passam de um "renovar de promessas já antes feitas".
O secretário-geral do PSD na Madeira garante que o partido irá continuar a lutar pela concretização das "justas aspirações" dos madeirenses e porto-santenses e que "nunca irá abandonar a luta pela autonomia", assegurando que o fará "seja contra um governo socialista em Lisboa, seja contra um governo de outra qualquer cor partidária".
LUSA