O presidente do PS-Madeira, Emanuel Câmara, defendeu ontem que o governo socialista nos Açores dá exemplo de como se deve usar a autonomia, alegando que o mesmo não acontece na Região Autónoma da Madeira.
“Os valores autonómicos têm de ser usados na verdadeira aceção da palavra, não fazer como na minha região, em que são usados como arma de arremesso contra o poder central, como por vezes, do nada, querer fazer-se batalhas e guerras que são infrutíferas e que não trazem nada de novo às populações”, avançou.
O líder regional socialista falava no XVII Congresso Regional do PS/Açores, que decorre até este domingo na Praia da Vitória, na ilha Terceira.
Para Emanuel Câmara, o executivo açoriano é “um bom exemplo” de como é possível “reivindicar na altura certa”, mantendo o ADN de ilhéu e salvaguardando os direitos dos cidadãos.
O dirigente socialista disse que os “bons exemplos de governação” da Região Autónoma dos Açores, do Governo da República e das autarquias socialistas na Madeira são “fundamentais” para sustentar a credibilidade do PS na região para que o partido alcance a liderança do governo madeirense.
“Na Região Autónoma da Madeira, nós estamos a trabalhar no sentido e com o objetivo de, finalmente, para o próximo ano sermos alternativa e concretizarmos finalmente Abril na Região Autónoma da Madeira”, salientou, alegando que os mais de 40 anos de poder do PSD na região estão a tornar-se “desastrosos”.
Segundo o presidente da comissão organizadora do XVII Congresso Regional do PS/Açores, Sérgio Ávila, a reunião, que decorre na Praia da Vitória, na ilha Terceira, conta com a participação de 345 delegados socialistas das nove ilhas, 243 eleitos e 102 inerentes.
A moção de orientação global subscrita por Vasco Cordeiro será votada hoje, seguindo-se a apresentação das moções setoriais, e no domingo serão eleitos os órgãos regionais do PS/Açores.
Vasco Cordeiro, que é presidente do Governo Regional dos Açores desde 2012, foi reeleito para um terceiro mandato como presidente do PS/Açores em junho, com 97,89% de votos a favor.
LUSA