“Já tive ocasião de dizer tudo aquilo que é importante ser dito sobre isso e, portanto, não tenho mais nada a acrescentar”, disse Luís Montenegro, à margem de uma sessão em Albergaria-a-Velha, no distrito de Aveiro, para anunciar os apoios que vão ser disponibilizados aos agricultores deste concelho afetados pelos incêndios.
Após a insistência dos jornalistas, o primeiro-ministro respondeu que o país espera que os políticos se foquem nos problemas das pessoas e não nos seus problemas.
“Aquilo que os portugueses podem esperar do primeiro-ministro é que clarifique tudo aquilo que seja de clarificar – já tive ocasião de o fazer ontem [quinta-feira] mesmo – e que se concentre naquilo que é a sua missão e a minha missão é esta”, concluiu.
Na quinta-feira em entrevista à TVI/CNN Portugal, o presidente do Chega, André Ventura, disse que o primeiro-ministro lhe tinha proposto em privado um acordo com vista à aprovação do Orçamento do Estado para o próximo ano, que admitia poder integrar o Governo.
“O primeiro-ministro mentiu”, acusou o líder do Chega, referindo que na terça-feira Luís Montenegro “disse que o Chega não era um parceiro confiável, que ele nunca contou com o Chega e que o Chega foi arredado das negociações”.
De acordo com André Ventura, “isto é falso, o primeiro-ministro negociou com o Chega, quis negociar com o Chega” e propôs “um acordo para este ano” que levasse à viabilização do Orçamento do Estado, admitindo “que mais para a frente o Chega viesse a integrar o Governo”, num “contexto político diferente”.
Pouco depois, através de uma mensagem publicada na rede social X (antigo Twitter), o primeiro-ministro garantiu que “nunca o Governo propôs um acordo ao Chega”, e acusou André Ventura de mentir.
Lusa