"A guerra deve perder o seu oxigénio. E qual é o oxigénio para a máquina de guerra de [Vladimir] Putin? Antes de mais, o dinheiro dos oligarcas, petróleo, gás. (…) Por isso, as sanções devem ser reais", defendeu o chefe do Governo polaco, durante uma conferência de imprensa conjunta com o ministro dos Negócios Estrangeiros austríaco, Karl Nehammer.
Morawiecki explicou que discutiu com Nehammer a melhor estratégia para diminuir a capacidade económica da Rússia.
"Temos de sair da nossa zona de conforto. (…) Aqui, em Viena, também temos oligarcas amigos de Putin que usam a sua riqueza para apoiar o Presidente russo, Vladimir Putin”, disse o primeiro-ministro polaco.
As importações de gás da Áustria provêm principalmente da Rússia.
Além disso, a Áustria é um país neutro, cujo sigilo bancário, agora levantado, há muito tempo que atrai grandes fortunas de países da ex-URSS.
Vários empresários russos mantêm interesses económicos na Áustria, sobretudo por causa da sua prosperidade económica e da proximidade geográfica.
A empresa construtora austríaca Strabag é parcialmente detida por Oleg Deripaska, fundador da companhia gigante de alumínio Rusal e uma das mais ricas da Rússia.
Os 27 países da União Europeia decidiram hoje ampliar as sanções contra Moscovo e Minsk, como retaliação pela invasão russa da Ucrânia, acrescentando 160 oligarcas e deputados russos à sua lista negra, que agora inclui 862 pessoas.
A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que, segundo as autoridades de Kiev, já fez mais de 2.000 mortos entre a população civil.
Os ataques provocaram também a fuga de mais de cerca de dois milhões de pessoas para os países vizinhos, de acordo com a ONU.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.