“Jerónimo de Sousa, secretário-geral do PCP, no prosseguimento de uma avaliação própria, refletindo sobre a sua situação de saúde e as exigências correspondentes às responsabilidades que assume, colocou a questão da sua substituição nas funções que desempenha, mantendo-se como membro do Comité Central do PCP”, anunciou o PCP, em comunicado.
No seguimento da questão colocada por Jerónimo de Sousa e “concluída a auscultação” necessária, o Comité Central comunista propôs Paulo Raimundo para secretário-geral do PCP.
A proposta para novo líder vai ser votada em reunião da direção do Comité Central no dia 12 de novembro, após a conclusão dos trabalhos do primeiro dia da Conferência Nacional, que se realizará em Corroios, Seixal.
O PCP classifica Paulo Raimundo como um comunista de uma “geração mais jovem, com um percurso de vida marcado por uma experiência diversificada, com capacidade, inserção no coletivo” e que está “preparado para uma responsabilidade que associa a dimensão pública à ligação, contacto e identificação com os trabalhadores e as massas populares”, assim como com o PCP “as suas organizações e militantes.”
Jerónimo de Sousa, 75 anos, abandona a liderança do partido, após perto de 18 anos no cargo.
"Destaca-se, neste momento, a grande dedicação e empenho com que assumiu estas elevadas responsabilidades por um longo período, exemplo de compromisso com o ideal e projecto do PCP, ao serviço dos trabalhadores, do povo e do país, da paz, da amizade e solidariedade entre os povos, bem como a disposição de prosseguir a sua acção militante", assinalou o PCP.
No comunicado, enviado pelo gabinete de imprensa comunista, a direção do PCP acrescenta que o partido "no quadro do seu funcionamento coletivo, com as responsabilidades individuais que lhe são inerentes" e "dotado das conclusões da Conferência Nacional, prosseguirá e intensificará a sua ação".