“A bravura demonstrada por estes homens e mulheres, que atuaram com profissionalismo e dedicação, não só reflete a sua capacidade técnica e preparação, mas também a solidariedade que une as nossas ilhas”, disse o deputado socialista Gualberto Rita na leitura do texto da proposta.
O parlamentar referiu que “tal gesto de prontidão e apoio mútuo reforça o espírito de irmandade que une as Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira, demonstrando que, em momentos de crise, a união entre os povos” das duas ilhas “pode relevar-se determinante”.
“Neste contexto, é de enaltecer o sacrifício e a força de vontade destes bombeiros que, perante os desafios colocados, se mantiveram firmes e determinados a proteger a vida humana e os bens materiais ameaçados pelo avanço das chamas. A sua coragem e resiliência são exemplos vivos do melhor que o serviço público pode oferecer e enchem-nos de orgulho enquanto açorianos”, disse Gualberto Rita.
O socialista defendeu a importância da cooperação inter-regional em matéria de proteção civil para ampliar a capacidade de socorro: “Esta colaboração foi determinante para a resposta rápida e eficiente ao desastre.”
Com a aprovação do voto, o parlamento regional expressa um “profundo agradecimento” aos 29 bombeiros açorianos envolvidos na operação de combate ao incêndio, entre 14 e 26 de agosto.
Vai ser dado conhecimento da saudação às Associações Humanitárias de Bombeiros Voluntários de Angra do Heroísmo, Praia da Vitória, Povoação, Ribeira Grande, Vila Franca do Campo, Ponta Delgada, Santa Maria, Faial, Nordeste, bem como à Federação de Bombeiros dos Açores e ao Serviço Regional de Proteção Civil e Bombeiros dos Açores.
O incêndio rural na ilha da Madeira deflagrou em 14 de agosto nas serras do município da Ribeira Brava, propagando-se progressivamente aos concelhos de Câmara de Lobos, Ponta do Sol e Santana. No dia 26, ao fim de 13 dias, a Proteção Civil regional indicou que o fogo estava “totalmente extinto”.
Dados do Sistema Europeu de Informação sobre Incêndios Florestais apontam para 5.104 hectares de área ardida, embora as autoridades regionais tenham sinalizado 5.116.
Durante os dias em que o fogo lavrou, as autoridades deram indicação a perto de 200 pessoas para saírem das suas habitações por precaução e há ainda moradores que não puderam regressar a casa na Fajã das Galinhas, em Câmara de Lobos.
Segundo o Governo Regional, não houve registo de feridos ou da destruição de casas e infraestruturas públicas essenciais, embora algumas produções agrícolas tenham sido atingidas, além de áreas florestais.
A Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores também aprovou hoje, entre outros, dois votos de pesar – um do PS e outro do Chega – pela morte, em 16 de julho, do presidente da Junta de Freguesia da Covoada, na ilha de São Miguel, Mário Machado.
Lusa