“O Orçamento do Estado para 2019, publicado no início desta semana, veio trazer más notícias, especificamente no que diz respeito ao novo hospital”, disse o deputado João Paulo Marques, numa iniciativa do grupo parlamentar do PSD na Assembleia Legislativa da Madeira.
O parlamentar social-democrata madeirense complementou que, com a publicação do OE2019, “a esperança da Madeira ter o apoio da República [para a construção desta unidade hospitalar] passou a dupla desilusão”.
João Paulo Marques apontou que o primeiro-ministro, António Costa, assumiu o compromisso de uma comparticipação de 50% do custo da construção e equipamentos do novo hospital, que representa um investimento de 340 milhões de euros.
Mas, “o prometido apoio de 50% agora é de 13% e assistimos de forma mais grave a um recuo inaceitável do primeiro-ministro”, sublinhou.
No entender do PSD da Madeira, “há uma falta inaceitável perante os madeirenses e, do ponto de vista do PSD, este OE é uma desilusão, uma verdadeira oportunidade perdida para a Madeira”.
O parlamentar salientou que, desde 2015, o Governo da Madeira definiu a construção do novo hospital “como uma das suas prioridades” e, desde essa altura, “tem vindo a tentar encontrar o compromisso do Governo da República e do primeiro-ministro que o Estado financiaria esta obra decisiva para os madeirenses”.
Assegurou que a região “tem vindo a fazer o seu trabalho de casa”, desde a apresentação do novo projeto, como desencadeando o processo de expropriações.
João Paulo Marques anunciou que o partido vai apresentar na Assembleia da República “uma proposta que visa a clarificação de qual o papel que o Estado quer assumir no novo hospital da Madeira”
O deputado sustentou que o primeiro-ministro, “como figura importante, devia cumprir a sua palavra de Estado”, o que implica que a comparticipação do novo hospital da Madeira deve ser “50% e nem um cêntimo a menos”.
O parlamentar destacou que o Governo Regional “coloca o interesse da Madeira em primeiro lugar”, pelo que o projeto de construção do novo hospital “é para avançar e a palavra dada pelo primeiro-ministro ainda tem algum valor”.
“Da nossa parte lançaremos o concurso logo que possível”, assegurou.
LUSA