"Há centenas que partiram com a oferta falsa, pela direita, de que iriam para outros países desfrutar o mel da vida e terminaram lavando sanitas em Lima [no Peru] e na Colômbia. Perdoem-me esta expressão. É forte, mas eu digo-a. Terminaram lavando sanitas, terminaram como escravos e mendigos", disse.
Nicolás Maduro falava em Caracas, no âmbito de um encontro com jovens do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV, o partido do Governo).
"Eu estendo a mão a essa juventude, com o ‘Plano de regresso à pátria’, e entrego-lhes esse plano, a vocês, para favorecê-los e para que venham a trabalhar, estudar e a viver dignamente na sua terra. Os venezuelanos não serão escravos de ninguém no mundo", frisou, dirigindo-se aos jovens.
Em 27 de abril, o Presidente ordenou ao ministro da Economia, Simón Zerpa, para criar o programa estatal "Plano de regresso à pátria" para apoiar os venezuelanos que emigraram devido à crise e que queiram regressar e criar negócios e empresas.
"A opção jamais será ir embora da Venezuela. Todos levantaremos a Venezuela. Esperamos os que partiram, de regresso, com os braços abertos. Venham!", disse.
Nos últimos anos, centenas de milhares de venezuelanos abandonaram a Venezuela, devido à crise política, económica e social que afeta o país, à procura de melhores condições de vida noutras latitudes.
Segundo dados da Organização das Nações Unidas, a falta de alimentos e medicamentos forçou 2,3 milhões de venezuelanos a emigrar, principalmente para a Colômbia, o Equador, o Peru e o Brasil.
LUSA