O presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque, disse ontem, no final do debate do estado da Região, que a oposição madeirense "é mais centralista do que Lisboa".
"Hoje, colados ao poder e a adorar o dito, são mais centralistas que Lisboa e acham que o Estado já não tem obrigações constitucionais de solidariedade para com a Região Autónoma e com os portugueses residentes nas ilhas", declarou.
O governante madeirense realçou que o "Governo Regional continua a cumprir integralmente o seu programa num quadro de recuperação económica e social".
"O investimento privado está a crescer em todas as áreas, a diminuição do desemprego é uma realidade, o Governo relançou o investimento público, os apoios sociais foram reforçados e hoje vive-se na Região um ambiente de confiança relativamente ao futuro", declarou.
A oposição madeirense (CDS/PP, JPP, PS, PCP, BE , PTP e deputado independente) criticou as promessas não cumpridas do Governo Regional, bem como a sua atitude de atirar para a República a responsabilidade por aquilo que não foi feito ou que "corre mal", transformando o debate sobre o estado da Região numa discussão entre a Região e a República.
O PSD, partido que sustenta o executivo regional, considerou, por seu lado, que a Madeira e o Porto Santo "estão melhor do que estavam em 2015" e que o Governo da República do PS, com apoio parlamentar do PCP e do BE, subordina as relações institucionais a uma agenda partidária relativamente à Madeira.
Para o PSD, "até às eleições autárquicas nada acontece, há um Governo da República sectário e oportunista que não se recusa a utilizar meios públicos para seguir uma agenda partidária".
O debate do estado da Região encerrou o atual ano parlamentar da Assembleia Legislativa da Madeira.
LUSA