Marcelo Rebelo de Sousa falava aos jornalistas no final de uma audiência no Palácio de Belém a membros da Comissão Independente (CI) para o Estudo dos Abusos Sexuais contra Crianças na Igreja Católica Portuguesa.
No final do encontro, que se prolongou durante pouco mais de uma hora e meia, o chefe de Estado saudou o trabalho da Comissão e voltou a apelar ao testemunho.
“Ficou claro a importância do testemunho”, sublinhou o Presidente da República, afirmando que, além da Justiça, as vitimas que quiserem manter o anonimato têm agora a Comissão Independente a quem podem recorrer.
“E esse testemunho anónimo tem um valor fundamental como exemplo daquilo que deve ser o comportamento dos portugueses”, acrescentou, defendendo que “os portugueses devem colaborar nesta procura de justiça”.
Na audiência estiveram presentes o presidente da Comissão, o pedopsiquiatra Pedro Strecht, e outros dois membros: a socióloga Ana Nunes de Almeida e a assistente social e terapeuta familiar Filipa Tavares.
A audiência decorreu no mesmo dia em que o cardeal-patriarca de Lisboa, Manuel Clemente, foi recebido pelo Papa Francisco a propósito dos acontecimentos das últimas semanas, relacionados com suspeitas de abusos de menores na igreja em Portugal, revelou o Patriarcado.