O anúncio foi feito pela vice-presidente da Venezuela, Delcy Rodríguez, através do Twitter.
“O Presidente Nicolas Maduro nomeou Román Maníglia, vice-ministro de Economia Digital, Banca, Seguros e Valores para assumir a presidência do Banco da Venezuela”, anunciou Delcy Rodríguez.
Román Maníglia substitui José Morales na presidência do banco.
Segundo a vice-presidente venezuelana, a nomeação tem lugar no âmbito de uma “nova etapa de consolidação do bolívar (moeda da Venezuela) digital, no quadro do novo processo de expressão monetária”.
A substituição da atual moeda, o bolívar soberano (BsS) pelo bolívar digital (BsD) está prevista para 01 de outubro e incluiu a eliminação de seis zeros do BsS, uma medida que as autoridades venezuelanas dizem ter como propósito facilitar as operações contabilísticas.
Em 17 de setembro o Banco da Venezuela denunciou ter sido alvo de um “ataque terrorista” contra a sua plataforma, após vários clientes se queixarem, nas redes sociais, de dificuldades para efetuar pagamentos, transferências e levantamentos.
“O Governo Bolivariano da Venezuela, através da Vice-Presidência Setorial da Economia, informa o público (…) que foi perpetrado um ataque terrorista contra o sistema financeiro nacional, especificamente contra a plataforma tecnológica do BDV, a principal instituição bancária do país”, explica um comunicado divulgado em Caracas.
Segundo a nota, tratou-se de um “ataque informático” que “afetou as atividades dos utentes do banco, que não puderam utilizar os serviços bancários, realizar transações e aceder aos fundos nas suas contas”.
“Esta foi uma operação de ‘hacking’ maciça que pretendia fazer desaparecer e alterar os dados bancários do sistema financeiro e violar a integridade do património económico dos clientes do BDV (…) garantiremos a integridade de todas as contas bancárias, o registo de todas as transações, assim como a proteção e salvaguarda dos dados financeiros”, sublinha a nota.
Segundo a imprensa local, o BDV lidera o setor bancário venezuelano, concentrando, no primeiro semestre de 2021, 65,9% do ativo total do mercado.
Empresa estatal desde 2009, o Banco da Venezuela concentra um importante número de reformados e beneficiários dos subsídios do Governo do Presidente Nicolás Maduro.