“Denunciamos o ataque feroz, a feroz campanha contra o nosso país, desencadeada pelas elites que governaram os Estados Unidos, desencadeada inclusive com a cumplicidade das elites que dirigem organismos na Europa e noutros lugares”, disse Nicolás Maduro.
O Presidente da Venezuela falava, quarta-feira, no âmbito da 76.ª assembleia-geral da ONU, que decorre na cidade de Nova Iorque, onde interveio em vídeo desde Caracas.
“Tentaram instrumentalizar os organismos internacionais de direito internacional para justificar essa campanha feroz e os ataques criminosos contra um povo nobre, pacífico e democrático como o povo da Venezuela”, frisou o governante.
Segundo Nicolás Maduro trata-se de “uma agressão permanente e sistemática através de sanções económicas, financeiras, petrolíferas e cruéis, através de uma perseguição contra o direito à liberdade económica, contra os direitos e garantias económicas de que todos os povos do mundo deveriam usufruir”.
“Uma ofensiva feroz contra o direito de comprar o que o nosso país precisa e contra o direito de vender o que o nosso país produz, especialmente as grandes riquezas petrolífera e mineral que a Venezuela tem nas suas terras e que tem explorado durante décadas”, sublinhou o político.
Segundo Nicolás Maduro, as contas da Venezuela “são perseguidas” e as reservas internacionais de ouro foram “sequestradas e bloqueadas em Londres”.
“Sequestraram e bloquearam milhares de milhões de dólares em contas bancárias nos Estados Unidos e na Europa, e as empresas petrolíferas e mineiras venezuelanas estão impedidas de comercializar os seus produtos, de abrir contas bancárias no mundo, para pagar, cobrar e realizar transações comerciais livremente, tal como previsto no direito internacional”, frisou o governante.
No entanto, segundo Nicolás Maduro, este ano, a Venezuela “passou de uma fase cruel e dolorosa de resistência para uma fase de recuperação e crescimento” e por isso “com coragem, determinação, inteligência e sabedoria, pode dizer aos povos do mundo que sim é possível enfrentar as agressões imperiais e avançar”.
“É por isso que ratificamos o nosso pedido, a nossa exigência de que se levantem todas as sanções criminosas contra a economia venezuelana, contra a sociedade venezuelana, de parte dos EUA e dos Governos da União Europeia (…) e agradecemos o apoio dos países das Nações Unidas para avançar nesse grande objetivo do nosso país e da nossa região”, disse.
Durante a sua intervenção Nicolás Maduro manifestou solidariedade com Cuba e o povo cubano e exigir também que sejam “levantadas de imediato todas as medidas de bloqueio comercial e económico” contra a Havana.
O Presidente da Venezuelano recordou ainda que a Relatora Especial da ONU Alena Douhan divulgou recentemente um relatório recomendando o levantamento das sanções contra a Venezuela e que seja respeitado os direitos internacional, humanitário, à liberdade da Venezuela e as garantias económicas, comerciais e financeiras como país soberano membro da ONU.