“Nota-se uma melhoria em relação à forma como é percebido o poder parlamentar em detrimento do poder executivo”, disse Emanuel Câmara, recentemente eleito líder dos socialistas madeirenses, após ter reunido com o presidente da Assembleia Legislativa da Madeira, Tranquada Gomes, para apresentação de cumprimentos.
O responsável do PS insular considerou que, “no passado, a situação estava invertida”, acrescentando que neste momento existe “uma normalidade” nesta matéria.
Mas, Emanuel Câmara aproveitou a ocasião para criticar a forma como o Governo Regional da Madeira, liderado pelo social-democrata Miguel Albuquerque, que é sustentado pela maioria parlamentar na Assembleia da Madeira, está “constantemente a querer recuperar quezílias com a República”, uma fórmula que "deu frutos" no passado.
“Sobretudo pondo em causa o Governo do PS e de António Costa, quando no passado nunca o fez com situações muito mais gravosas em que se estava a prejudicar nitidamente os madeirenses e porto-santenses”, sublinhou.
O líder socialista regional recordou que o atual chefe do executivo madeirense “não teve essa capacidade para, na altura certa, se insurgir contra os governos de Passos Coelho e de Paulo Portas, nomeadamente com situações que prejudicaram os madeirenses e porto-santenses”.
Também falou das responsabilidades do governo insular ao nível de áreas como a saúde, educação e ambiente, vincando que “não vale a pena Miguel Albuquerque constantemente estar a querer tentar ressuscitar uma coisa que os madeirenses há muito tempo já não valorizam, que são os inimigos públicos”.
Ainda desvalorizou o facto de não ser deputado no parlamento da região, salientando que o partido tem uma equipa que funciona em várias vertentes, como as autarquias, os parlamentos Europeu, da República e da Madeira, opinando que o grupo parlamentar na assembleia do arquipélago “tem provas dadas”.
“Com certeza, com o nosso trabalho, os madeirenses e porto-santenses já em 2019 vão-nos dar ainda mais oportunidade para eleger mais deputados para enriquecer o nosso grupo parlamentar”, concluiu.
C/ LUSA