“Os madeirenses não têm de decidir entre a desilusão do dr. Miguel Albuquerque (presidente do Governo da Madeira do PSD], nem a ilusão do dr. Paulo Cafôfo [presidente da Câmara do Funchal e candidato do PS à liderança do executivo insular]”, afirmou Rui Barreto na reentre política do CDS insular.
A iniciativa aconteceu cumprindo os centristas a tradição da Festa dos Romeiros, na qual participam muitos emigrantes, que cumpre “há duas décadas, ininterruptamente, no Chão dos Louros, depois da Festa do Bom Jesus da Ponta Delgada”, no concelho de São Vicente, na costa norte da ilha da Madeira.
“O CDS está cá para a abertura de um ano político, um ano difícil, mas onde prevejo um ano auspicioso para o CDS, um CDS mobilizado, em que o CDS será útil para a Madeira e os madeirenses”, disse o responsável centrista insular.
Rui Barreto considerou que “os madeirenses estão profundamente desiludidos e não querem que o PSD se perpetue, porque já governa a Madeira há 40 anos”.
No seu entender, o partido da maioria “está esgotado, há um fastio com as lideranças do PSD e deste governo”.
Mas, adiantou, “também desconfiam do PS e do presidente da Câmara do Funchal, Paulo Cafôfo que está a governar pior do que no primeiro mandato e há hoje um desleixo, um descuido em relação à cidade”.
“Quem está a tratar a cidade [Funchal] da forma que ele tem tratado de há um ano a esta parte, não me parece que vá cuidar bem dos destinos da região”, sustentou.
Por isso, opinou que “há um espaço claro para uma alternativa, para uma esperança, para um projeto que os madeirenses não tenham que decidir entre desilusão do PSD e ilusão do PS”, reforçou.
Rui Barreto apontou que o CDS se vai constituir numa “alternativa mobilizadora”, até porque é o segundo maior partido da Madeira, rege uma câmara, sete juntas de freguesia, “reforçou os seus resultados e merece uma oportunidade”, sendo objetivo capacitar-se para “merecer a confiança do eleitorado regional”.
O líder centrista também criticou a política do Governo no que diz respeito à situação os emigrantes que “estão a fugir da Venezuela”.
“O nosso Governo não os pode abandonar”, sublinhou, recordando que foram elaborados programas de apoio para os refugiados, os emigrantes da Venezuela “merecem uma atenção especial”.
Mas, na opinião de Rui Barreto, “o Governo da República está a descuidar aquilo que se está a passar na Venezuela”, defendendo a necessidade de criação de uma ponte aérea para que possam “fugir” nesta situação de crise humanitária.
“É preciso um plano de emergência que apoie os emigrantes, que os receba com dignidade, são gente com valor que teve de sair da sua terra para encontrar o seu rumo e agora, lamentavelmente, têm de fugir devido à situação política”, argumentou.
Rui Barreto concluiu que o Governo da República deve “colocar o regime à parte para que possa criar um plano e acolher os que têm de regressar” da Venezuela.
C/LUSA