A última vez que uma eleição em Israel precisou de ser adiada foi durante a Guerra do Yom Kippur, em 1973.
À medida que a guerra entra no seu quinto dia, o debate político em Israel centra-se na possibilidade de formar um governo de emergência nacional, que incluiria o partido do líder centrista Benny Gantz, ex-ministro da Defesa e uma das figuras fortes da oposição.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, e Gantz – que lidera a formação de centro-direita Unidade Nacional – reuniram-se hoje no quartel-general do Exército, em Telavive, para “finalizar os detalhes” sobre como funcionaria este executivo de emergência, depois de outros encontros semelhantes desde o início da guerra.
Também hoje, o ministro da Educação de Israel, Yoav Kisch, levantou a possibilidade de retomar as aulas em alguns distritos, depois de o sistema educativo também ter permanecido paralisado após o ataque lançado pelo Hamas em Israel.
O grupo islâmico palestiniano Hamas lançou no sábado um ataque surpresa contra o território israelita, sob o nome de operação “Tempestade al-Aqsa”, com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados por terra, mar e ar.
Em resposta ao ataque surpresa, Israel bombardeou a partir do ar várias instalações do Hamas na Faixa de Gaza, numa operação denominada “Espadas de Ferro”.
Israel declarou guerra total e prometeu castigar o Hamas como nunca antes, tendo o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, declarado estar “em guerra” com o grupo palestiniano. O Hamas é considerado um grupo terrorista por Israel, pelos Estados Unidos e pela União Europeia (UE).
O conflito provocou mais de 1.200 mortos do lado israelita e 1.055 em Gaza desde sábado, segundo dados atualizados hoje pelas duas partes.
Lusa