“O Serviço Regional de Saúde é um conquista essencial da autonomia política e exige esforço na sua manutenção e melhoria diária”, declarou Miguel Albuquerque na abertura da VI Reunião de Neonatologia, que decorre hoje e no sábado no Hospital do Funchal, com o tema "Da Controvérsia À Prática: O Que Eu Faço".
O líder social-democrata do arquipélago afirmou que o executivo tem feito um “esforço financeiro no sentido de sustentar e consolidar este serviço”, tendo afetado no Orçamento Regional deste ano 430 milhões de euros para esta área.
Trata-se, considerou, de “muito dinheiro”, mas uma “quantia fundamental e necessária para prestar cuidados de saúde de qualidade aos concidadãos”.
Miguel Albuquerque apontou também que a região “nada tem contra a medicina privada”, o que constitui uma “opção para as famílias”.
O seu governo, salientou, tem adotado uma “política de diálogo e concertação com todas as classes na área da saúde, de cordialidade e bom senso que tem presidido nos acordos com profissionais”.
O responsável considerou que “uma das obras mais importantes nos próximos anos” é o projeto de construção do novo hospital, cujo “concurso está aberto” e que tem um custo de 330 milhões de euros (200 milhões para a obra e 130 milhões para equipamentos).
Será aproveitado material existente na atual unidade, o Hospital Dr. Nélio Mendonça.
“O Serviço Regional de Saúde não está a ser financiado, ao contrário do que se passa a nível nacional, e temos pago as contas aos fornecedores. Abatemos em quatro anos 545 milhões de euros da dívida do Sesaram”, referiu.
Miguel Albuquerque assegurou que está “tudo encaminhado para ter um sistema [de saúde] a crescer, que pode continuar a fazer investimento, a admitir novos quadros, médicos, enfermeiros e outros quadros”.
O governante elogiou “a excelência” do serviço de Neonatologia, cujos “resultados são patentes, visto a Madeira ter a taxa de mortalidade infantil mais baixa do país”, e acrescentou que “o sucesso é extensivo a outras áreas da medicina”.
O presidente do governo insular destacou que os índices de morte prematura e por nascimento “desceram na região”, sendo a “longevidade uma das maiores conquistas da ciência”.
“Temos de gerir o nosso sucesso de as pessoas viverem mais de 80 anos”, vincou.
Esta reunião reúne especialistas de reconhecido mérito nacional e internacional, de hospitais de Lisboa, Porto, Coimbra, Madeira e Madrid (Espanha), pretendendo ser “um espaço de partilha de conhecimentos e experiências, que contempla a apresentação e discussão de casos clínicos”.
LUSA