O Secretário de Estado da Administração Pública, José Couto, discutiu, ao longo da manhã, por videoconferência, com os representantes sindicais dos trabalhadores da Administração Pública, as alterações ao Sistema Integrado de Gestão e Avaliação do Desempenho na Administração Pública (SIADAP).
No final das reuniões referiu aos jornalistas que os encontros permitiram ao Governo apresentar o modelo de redefinição do SIADAP, que deverá ser simplificado, e calendarizar a respetiva negociação.
"É um processo que queremos muito participado, (…) mas não demorado", disse José Couto, prevendo que a negociação da revisão termine até ao final de 2021.
Tendo em conta a necessidade de alterar o quadro legislativo e os procedimentos informáticos, o Secretário de Estado adiantou que as novas regras de avaliação deverão produzir efeitos em 2023, embora tenha admitido a possibilidade de negociação desse prazo.
Atualmente está em curso o ciclo de avaliação para 2021 e 2022.
A Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública, a Federação Sindical da Administração Pública (FESAP) e a Frente Sindical, liderada pelo Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado têm defendido a revogação do SIADAP e pretendem negociar um novo sistema que permita aos trabalhadores a progressão efetiva na carreira, sem imposição de quotas.
O atual sistema de avaliação da função pública determina que apenas 25% dos trabalhadores possam ter a "avaliação relevante", necessária para progredir na carreira.
O documento esta sexta-feira apresentado pelo Governo aos sindicatos admite a alteração do valor percentual das quotas, mas não prevê a sua eliminação.
As estruturas sindicais vão ter 15 dias para dar parecer sobre o memorando esta sexta-feira apresentado, período após o qual será agendada nova reunião negocial com o Governo.